Atualizada em 12/06/24
  • Reelection Incentives and Political Budget Cycle: Evidence from Brazil

    Disponível somente em PDF. Extraído da Revista de Administração Pública da FGV.

    "Este artigo testa a presença de ciclo político-orçamentário (CPO) nas eleições municipais no Brasil e checa se prefeitos que adotam tal política têm maiores chances de reeleição. Baseado em dados eleitorais e fiscais de 5.406 municípios brasileiros e aplicando o método econométrico de diferença-em-diferenças e também regressões logísticas, os resultados fornecem alguma evidência de CPO no Brasil, apesar de sua magnitude e consistência variar dependendo dos anos utilizados como anos eleitorais e não eleitorais. Em média, prefeitos reelegíveis gastam em torno de 3% a mais em anos eleitorais em comparação a prefeitos não reelegíveis. Indo além, reelegíveis que de fato concorrem à reeleição apresentam uma variação no gasto que é quase 5% superior à variação dos não reelegíveis e não concorrentes. Adicionalmente, os resultados sugerem que prefeitos que aumentam os gastos em anos eleitorais têm maiores chances de reeleição, contanto que tal aumento seja feito dentro de limites de déficit aceitáveis pelos eleitores."

  • A Importância do Crescimento Econômico Local na Escolha do Chefe do Executivo no Brasil

    Disponível somente em PDF. Extraído da Revista de Administração Pública da FGV.

    "A investigação dos fatores que influenciam a escolha do chefe do Executivo no Brasil é uma questão de vital importância. Neste artigo, apresentam-se evidências de que o crescimento econômico local no último ano de governo possui impacto positivo na porcentagem de votos obtidos pelo incumbente em uma amostra da população dos municípios brasileiros, com dados das eleições presidenciais e municipais de 2000 a 2010. Usamos a expansão real do PIB municipal como medida do crescimento econômico local e testamos a hipótese de que os eleitores em um município premiam os incumbentes, ou seus respectivos candidatos, que tiveram bom desempenho econômico no último ano de mandato. A hipótese se baseia na teoria econômica do voto que sugere que os incumbentes têm mais chances de vencer uma reeleição, ou eleger seu sucessor, quando a economia está em um bom momento. Na análise utilizamos as abordagens para dados em painel, além de análise multinível, de modo a melhor explorar a heterogeneidade existente no fenômeno do voto econômico e com isso inferir a existência de efeitos do crescimento econômico na proporção de votos obtidos pelo incumbente e como esses efeitos podem variar em relação a partidos, unidades da federação, circunscrição eleitoral e outras variáveis."

  • A Importância da Contabilidade de Competência para a Informação de Custos Governamental

    Disponível somente em PDF. Extraído da Revista de Administração Pública da FGV.

    "A gestão financeira governamental, calcada em indicadores fiscais de curto prazo, tem sido questionada quanto à capacidade de atender aos anseios informacionais de diferentes stakeholders. A cidadania se realiza através da garantia dos direitos individuais, especialmente o direito à informação. Os fluxos financeiros isoladamente não representam o consumo de recursos, nem seu comprometimento no longo prazo, evidenciando ao cidadão o impacto imediato do uso de recursos públicos e pouco dizendo sobre o aumento de encargos no futuro. Um regime mais abrangente pode evidenciar uma cifra de longo prazo intergerações, contribuindo para a tomada de decisão política fiscal e operacional. Essa possibilidade suscita ajustes metodológicos na informação contábil governamental. Este artigo discute os mecanismos de pressão por melhores informações e suas diferentes expressões, apresentando um caso fictício para exemplificar parte dos argumentos teóricos."

  • Impairment no Setor Público: Particularidades das Normas Nacionais e Internacionais

    Disponível somente em PDF. Extraído da Revista de Administração Pública da FGV.

    "O impairment no setor público tem sido pouco discutido no meio acadêmico. Os órgãos normatizadores têm publicado pronunciamentos sobre o assunto, enquanto muitas dúvidas surgem e permanecem sem resposta. Diante disso, este artigo analisa as particularidades de normas nacionais e internacionais balizadoras do impairment no setor público: o Gasb 42, os Ipsas 21 e 26 e a NBC T 16.10. Foram analisados aspectos relacionados ao conceito de impairment, à periodicidade de aplicação do teste, para quais ativos deve ser aplicado e o processo de reconhecimento, mensuração e evidenciação da perda por impairment. As principais divergências entre os pronunciamentos são: o Gasb 42 está baseado em princípios e não em regras; os critérios utilizados pelo Gasb 42 para cálculo do fair value são semelhantes àqueles usados pelos Ipsas 21 e 26 para cálculo do valor em uso; o valor de reposição é usado para cálculo do fair value no Gasb 42 e o valor de saída nos Ipsas; apenas o Ipsas 26 utiliza a figura da unidade geradora de caixa; o Gasb 42 não admite a reversão da perda por impairment e os Ipsas não se aplicam a bens reavaliados. Apesar da NBC T 16.10 já estar em vigor no Brasil, todos os ativos públicos e a depreciação precisam ser reconhecidos e mensurados antes da aplicação dessa norma.

  • Impactos Socioeconômicos do Microcrédito: O Caso do Nossocrédito no Espírito Santo

    Disponível somente em PDF. Extraído da Revista de Administração Pública da FGV.

    "Este trabalho objetiva verificar os impactos de um programa estadual de microcrédito — o Nossocrédito do Espírito Santo — sobre indicadores socioeconômicos. Para isso são estimados três modelos distintos visando avaliar: i) se o Nossocrédito tem sido direcionado para os municípios de menor grau de desenvolvimento e/ou localizados no interior do estado; ii) se o programa tem contribuído para melhorar o desenvolvimento municipal; iii) se o Nossocrédito tem contribuído para reduzir a pobreza. As estimativas foram conduzidas com o método de mínimos quadrados ordinários e usa dados municipais de 2006 a 2010. Os principais resultados encontrados são: i) o Nossocrédito é direcionado para os municípios do interior, mas não para os de menor grau de desenvolvimento; ii) o programa contribui para a melhoria do indicador municipal de desenvolvimento utilizado; iii) o Nossocrédito não contribui para a redução da pobreza."